Arriscar é fundamental para a inovação, diz executivo no 1º Seminário Nacional de Incentivo à Inovação, Pesquisa e Desenvolvimento



Edição do dia 05/08/2013
05/08/2013 22h25 - Atualizado em 05/08/2013 23h37


Inovar é o mantra das empresas na atualidade, num mundo em que não só a concorrência, mas também os desafios são medidos em escala global. O cenário brasileiro pode ser caracterizado por uma evolução recente do volume e da qualidade da produção científica, mas faltam conexões e interações bem estabelecidas entre a produção científica e tecnológica que resultem na geração de tecnologia e inovação no volume e na qualidade necessários para o Brasil elevar sua produtividade.
O Brasil investe cerca de 1,2% do PIB em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D). Dessa parcela, as empresas brasileiras respondem por um investimento de apenas 0,6% do PIB. Segundo dados da OCDE, o gasto total em P&D nos países mais avançados chega a 3% do PIB, com investimento empresarial duas a três vezes superior ao investimento estatal.
O investimento em inovação é historicamente associado à tomada de risco pelo empresário, mas o nível de globalização dos mercados e concorrência atuais conferem uma nova realidade e um risco muito maior às empresas, de ficar para trás na competição global e perder competitividade, levando a uma potencial redução

ou até mesmo interrupção de suas atividades. Inovação é imperativo econômico para a sustentabilidade das empresas.  Mas o Brasil ainda não está no ritmo que o cenário exige.  Uma dos entraves é a falta de conhecimento da legislação por parte dos empresários e insegurança sobre a utilização de benefícios.
O 1º Seminário Nacional de Incentivo à Inovação, Pesquisa e Desenvolvimento, realizado em São Paulo, em julho, trouxe nomes como Mory Gharib, vice-reitor do Instituto de Tecnologia da Califórnia - Caltech; Ozires Silva,  ex-Presidente da Embraer; Juliano Kimura,  CEO da Trianons Inovação e gestão de redes sociais, professor e palestrante da Ecommerce School; e Jorge Muzy, especialista em Leis de Incentivo Fiscal, para discutir o uso estruturado dos recursos públicos e privados em prol da Inovação, Pesquisa e Desenvolvimento e os impactos positivos na economia do Brasil e na geração de emprego e renda.


Mory Gharib destacou a importância de encorajar as pessoas, jovens, a classe média e também os líderes empresariais a correr riscos e disse que deveríamos recompensar quem se arrisca: “Uma cultura onde as pessoas não querem arriscar terá dificuldades para ser inovadora, ou promover a inovação”.
Juliano Kimura citou exemplos de ganho de tempo com reuniões por meio de novas tecnologias digitais, sem os custos de viagens, e com a troca instantânea de mensagens por redes sociais.
Jorge Muzy afirmou que poucas empresas brasileiras são verdadeiramente inovadoras, por conta da burocracia e da liberação de capital de risco.
Ozires Silva lembrou do projeto ambicioso da Embraer de investir em aviões pequenos e conquistar o mercado internacional. 

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