Projetos de tecnologia da CCEE são enquadrados no programa de Inovação da FINEP e recebem R$20 milhões







Projetos de tecnologia da CCEE são enquadrados no programa de Inovação da FINEP e recebem R$20 milhões


ELAINE SILVA 


Financiamento reduz impacto de investimentos sobre o orçamento da CCEE e possibilita corte nas contribuições associativas cobradas dos agentes


São Paulo, fevereiro de 2014 – A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE, responsável pela operação do mercado de energia elétrica no país, teve o seu projeto “Inovação Tecnológica” enquadrado no programa de incentivo da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), empresa pública ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia.  As iniciativas da CCEE receberão R$ 20 milhões em financiamento, sendo que a operação conta com carência de 24 meses e 84 meses para amortização.

“A taxa de juros para este financiamento é de 4%, ou seja, menor do que a inflação. São condições muito favoráveis. Além disso, o aval da FINEP representa um reconhecimento para a grande atenção que a CCEE tem dado à inovação e à incorporação da tecnologia no mercado”, comenta Luiz Eduardo Barata Ferreira, presidente do Conselho de Administração da CCEE.

Entre os projetos que serão contemplados pelos recursos estão novas versões e melhorias no sistema que processa a contabilização e a liquidação das operações do mercado, o CliqCCEE; a modernização da ferramenta online de modelagem de ativos, SOMA; a criação de novas funcionalidades no Sistema de Coleta de Dados de Energia - SCDE, que recebe e disponibiliza informações sobre a medição de energia; além de ajustes sistêmicos internos, que vão contribuir para o aumento da produtividade da CCEE e para a melhoria no atendimento prestado pela entidade às empresas associadas - que incluem geradoras, distribuidoras e comercializadoras de energia, além de consumidores livres e especiais.

Barata destaca que boa parte do orçamento da CCEE é dedicada a investimentos em novos sistemas tecnológicos. Com o financiamento, o aporte é diluído e o custo da modernização não recai integralmente sobre as empresas que são associadas da entidade hoje. “O investimento acaba sendo compartilhado com os agentes entrantes, que também usufruirão das ferramentas ao longo dos anos”, explica.

A CCEE, uma entidade privada sem fins lucrativos, é mantida por contribuições associativas pagas pelas empresas que atuam na comercialização de energia. Com o benefício do financiamento, a instituição pôde reduzir em 15% o valor da contribuição associativa praticada em 2013 e que vigorará em 2014.

Está é a segunda vez que um projeto da CCEE é enquadrado no programa da FINEP. Em 2012, a organização lançou o CliqCCEE, plataforma tecnológica desenvolvida especialmente para a contabilização das operações do mercado, que são resultado dos
cerca de 17mil contratos de compra e venda de energia elétrica assinados entre os agentes e registrados na CCEE.

A adoção do novo sistema, mais robusto e amigável do que a plataforma anterior de contabilização (Sinercom) derivou do próprio crescimento do mercado de energia no país. O projeto de desenvolvimento do CliqCCEE exigiu investimentos de R$ 74 milhões, dos quais R$ 32,2 milhões foram obtidos junto à FINEP.


Sobre a CCEE

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE (www.ccee.org.br) é responsável por viabilizar e gerenciar a comercialização de energia elétrica no
país, garantindo a segurança e o equilíbrio financeiro deste mercado. A CCEE é uma associação civil sem fins lucrativos, mantida pelas empresas que compram e vendem energia no Brasil. O papel da CCEE é fortalecer o ambiente de comercialização de energia - no ambiente regulado, no ambiente livre e no mercado de curto prazo - por meio de regras e mecanismos que promovam relações comerciais sólidas e justas para todos os segmentos do setor (geração, distribuição, comercialização e consumo). A CCEE atua em conjunto com outras instituições e órgãos governamentais que compõem a governança do setor para assegurar um modelo sustentável de energia no país, capaz de estimular o crescimento da economia do Brasil e, ao mesmo tempo, garantir um preço acessível ao consumidor

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