Akurat News: Preços atraentes incentivam Fusões e Aquisições no Brasil
SÃO
PAULO, 1 Abr (Reuters) - A atividade de fusões e aquisições no Brasil teve um
início de ano encorajador, com compradores aproveitando a moeda mais fraca e
preços mais baixos para fechar transações no país.
O fluxo
de acordos de fusões e aquisições no Brasil continuou robusto apesar das
turbulências no mercado global geradas pela crise na Ucrânia e confiança no
Brasil em queda diante da desaceleração do crescimento econômico e alta da
inflação.
Preocupações
sobre as eleições em outubro ajudaram a aproximar vendedores e compradores em
alguns casos, acelerando a conclusão de algumas negociações que já duravam
meses.
Os
acordos de fusões e aquisições anunciados no Brasil no primeiro trimestre
somaram cerca de 14,21 bilhões de dólares, ante 5,12 bilhões de dólares
registrados no mesmo período de 2013, segundo o relatório trimestral da Thomson
Reuters sobre fusões e aquisições, divulgado nesta terça-feira. Cerca de 108
acordos foram anunciados nos últimos três meses, ante 132 no primeiro trimestre
de 2013.
Compradores
estratégicos reduziram a cautela em relação ao Brasil, enquanto empresas de
private equity foram rápidas em executar planos de aquisição durante o
trimestre. Eles estão abertamente buscando maior exposição ao Brasil por
necessidade de obter ativos específicos e não por causa da condição do país de
nação emergente com uma ampla base de consumidores, disseram executivos de
bancos.
Bain
Capital LLC, AmerisourceBergen Corp e o Grupo Financiero Inbursa estão entre os
que correram para fechar acordos de compra de companhias dos setores
financeiro, farmacêutico e de saúde, mostraram os dados. O Itaú BBA foi a
instituição que mais assessorou fusões e aquisições no primeiro trimestre, com
18 operações avaliadas em pelo menos 9,451 bilhões de dólares.
"Foi
um trimestre interessante, cheio de acordos complexos e compradores mais
seletivos", disse Fernando Iunes, diretor global para banco de
investimento do Itaú BBA. "Achamos que o segundo trimestre será ainda
melhor."
Luiz
Muniz, diretor das operações do Rothschild para América Latina, concorda. Como
as eleições de outubro pode reduzir as atividades no segundo semestre, muitas
companhias podem buscar finalizar seus planos até junho.
"Vemos
uma alta na atividade de fusões e aquisições, com mais acordos internacionais,
reorganizações corporativas, reestruturações, deslistagens e separações de
unidades", disse Muniz. "As empresas querem acelerar decisões
estratégicas por causa do calendário político. Algumas vão acontecer, outras
não."
O Itaú
liderou os rankings de valor e de número de negócios. O BTG Pactual, maior
banco de investimento independente da América Latina, ficou em segundo lugar em
número de acordos e o Rotschild ficou em segundo em termos de valores das transações.
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