Fundos de private equity aumentam a procura por seguro de fusões e aquisições


Produto lançado neste ano protege investidores dos riscos não previstos tanto no processo de Due Diligence como após o fechamento do negócio
Apesar da retração do PIB brasileiro nos últimos dois trimestres, alguns setores da economia conseguem manter-se em alta. Um desses exemplos é o mercado de fusões e aquisições, que permanece aquecido no País. Em 2013, foram registradas 812 transações envolvendo companhias dos mais variados perfis e a perspectiva para esse ano é de que o número fique estabilizado. A fim de minimizar o risco das operações, diversos fundos de private equity - maiores responsáveis pelas transações do mercado - estão adotando em suas práticas a contratação do seguro de M&A (fusões e aquisições).

Lançado neste ano pela AIG no Brasil, o produto tem como objetivo proteger os investidores contra eventuais prejuízos que não são descobertos durante o processo de Due Diligence ou após o fechamento do negócio. O seguro pode ser contratado por empresas em processo de fusão ou aquisição com transações entre US$ 20 milhões e US$ 1 bilhão. A estimativa do prêmio fica entre 3 e 6% da garantia prevista em contrato. O ponto de destaque do produto é a flexibilização, uma vez que o cliente pode escolher as declarações/garantias que integrarão a proteção da apólice. “Especificamente no país, estão entre as mais vulneráveis as garantias para processos trabalhistas, tributários e ambientais”, comenta Maurício Bandeira, gerente de linhas financeiras da Aon, líder mundial em consultoria e corretagem de seguros.

O executivo relata que o seguro de M&A atingiu volume de limites segurados superior a US$ 4 bilhões em todo o mundo no ano passado. Atualmente, EUA e União Europeia são os maiores responsáveis pela contratação da apólice. “Lá fora, o produto está mais difundido, pois já existe há 10 anos e atraiu empresas dos setores de tecnologia, mídia e telecomunicações, indústria farmacêutica, energia, óleo e gás, serviços financeiros, além de companhias ligadas ao mercado consumidor”, argumenta. No Brasil, segundo Bandeira, a Aon já foi procurada por diversos fundos de private equity e advogados especialistas em operações de M&A.

Ainda de acordo com o Maurício Bandeira, a busca pela apólice no país acontece no momento em que investidores estão cada vez mais cautelosos e, consequentemente, pesquisando diversas opções de garantia. “A grande vantagem do produto é que tanto o comprador como o vendedor pode acionar a seguradora, além de não ser necessário que uma das partes tenha que entrar primeiramente com ação na Justiça para registrar o sinistro”, ressalta.
Veja materia em: Portal Segs

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