Flex e Grupo RR anunciam fusão






Maurício Renner // terça, 14/07/2015 15:08


A catarinense Flex Contact Center anunciou uma fusão com a paulista Grupo RR, gerando um grupo de contact center com 10 mil funcionários, 12 unidades pelo país e previsão de faturamento de R$ 450 milhões para 2015.


Topázio Silveira Neto.O novo negócio foi possibilitado pelo fundo de private equity Stratus, que no final do ano passado fez um aporte não velado na Flex. A composição acionária da nova empresa também não foi aberta.

Fundada em Florianópolis em 2009, a Flex é a maior das duas empresas: faturou R$187 milhões em 2014 (um pouco abaixo da sua previsão de R$ 200 milhões) e possui mais de 7 mil profissionais.

A companhia tem 10 unidades em operação, sendo quatro em Florianópolis, duas em Lages e uma Xanxerê, ambas no interior de Santa Catarina e três em São Paulo.

O Grupo RR, com forte atuação no segmento de cobrança e análise e concessão de crédito, começou as atividades em 2001, em São Paulo, sendo fundada pelos sócios Fabio Ruiz Cerqueira e Maristela Rocha

A empresa conta com duas unidades na capital paulista, mais de 3 mil empregados e faturou cerca de R$ 145 milhões no último ano. 

“Juntas teremos ainda mais força e capacidade de crescimento, podendo oferecer aos clientes e ao mercado processos para uma gestão de relacionamentos ainda mais eficiente e dentro do conceito full service”, destacou Topázio Silveira Neto, presidente da Flex Contact Center.

A Flex tem entre seus fundadores Topázio Silveira Neto, um dos sócios da Softway, que em 2001 recebeu um aporte da gestora TMG e, anos mais tarde, foi vendida para a Tivit.

Além dele, também são sócios da empresa Jose Eduardo Vaz Guimarães, um executivo experiente no mercado financeiros, ex-VP da Icatu, COO da Brasilprev e por 14 anos VP da Credicard.

Outro sócio com cacife é Kleber Tobal Bonadia, profissional com passagem por altos cargos na área de call center em empresas como CCA Contact Center Americas, Algar e Teleperformance Brasil.

O plano de investimento da empresa previa investir R$ 200 milhões nos próximos quatro anos, visando mais do que dobrar a receita para R$ 500 milhões.

Pelo visto, a Flex planeja aproveitar o momento de estagnação no segmento para crescer por meio de fusões e aquisições.

De acordo com um estudo que inclui as 50 maiores operadores de contact center do Brasil, o setor deve crescer em 2015 3,78% em relação ao ano anterior, o que levaria uma cifra total de R$ 45,6 bilhões.

A cifra é cerca de metade do registrado no ano anterior 6,61% e deve ficar abaixo da inflação do ano, prevista para girar em torno de 8,1%. Assim o setor vai diminuir de tamanho em valores reais.

No ano passado, o crescimento de 6,61% já havia sido quase igual à inflação, que foi de 6,41%.

Os resultados estão distantes do bom desempenho registrado em 2013, quando o setor totalizou R$ 40,4 bilhões, crescimento de 14,13%.

De acordo com a avaliações dos executivos da Flex, além das 10 maiores empresas da área, existe ainda um segundo pelotão formado por 30 companhias, tornando o mercado extremamente fragmentado e, por tanto, passível de consolidação.

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