UNITEDHEALTH DIVIDE GESTÃO DA AMIL EM TRÊS NEGÓCIOS
31/05/16
Valor Econômico - Beth Koike - 31/05/2016
Maior empresa de planos de saúde com 5,7 milhões de usuários, a Amil reorganizou sua estrutura e dividiu a companhia em três áreas de negócios: operadora de saúde e dental, hospitais e tecnologia. Cada uma dessas áreas será liderada por executivos mais jovens e o fundador da Amil, Edson Bueno, passa a ser o CEO da UnitedHealthcare Brazil.
Até agora Bueno era CEO da Amil, que abrigava todos negócios do grupo. Na prática, com o novo cargo, as atribuições de Bueno não mudam. A manutenção do seu nome pretende evitar uma transição abrupta, segundo fontes ouvidas pelo Valor. Em 2012, quando a Amil foi comprada pela UnitedHealth ficou acertado que um executivo na casa dos 40 anos iria sucedê-lo até setembro de 2017. No entanto, a Amil não confirma se Bueno deixará o cargo até essa data, mas sabe-se que houve uma busca intensa por um executivo de mercado para substitui-lo. Mais de dez profissionais da área da saúde foram convidados a conversar com o fundador da Amil.
Ainda segundo fontes do setor, o nome que mais agrada aos americanos é do pneumologista Sergio Ricardo Santos, que está há dez anos na Amil. O médico, de 44 anos, foi escolhido para ser o CEO da operadora de planos de saúde e dental e futuramente pode vir a ocupar o atual posto de Bueno. Até então, Santos era o diretor-executivo da One Health, plano de saúde voltado para o público premium da Amil, e antes esteve à frente dos hospitais e da expansão para outras praças fora do Rio de Janeiro.
A nova estrutura organizacional contempla um braço de negócio exclusivo para os 32 hospitais próprios que hoje atendem, principalmente, os usuários do convênio médico. Para liderar essa área foram designados o médico Charles Souleyman e o administrador de empresas Vinicius Ferreira da Rocha. Outro cotado para compor essa equipe é Luiz de Luca, presidente do Hospital Samaritano, de São Paulo, adquirido pela Amil em dezembro por R$ 1,3 bilhão.
Uma das estratégias do grupo é usar o Samaritano como plataforma de expansão, com aquisições ou crescimento orgânico. Uma possibilidade aventada pelo mercado é que a Amil fará um 'spin-off' com os hospitais. As grandes redes hospitalares são cobiçadas por investidores estrangeiros. Em janeiro de 2015, a legislação passou a permitir aportes de investidores de outros países no setor.
O terceiro braço de negócio da Amil é a Optum, empresa de tecnologia voltada à saúde da UnitedHealth que é administrada por um executivo americano. A Optum ainda passa por um processo de integração com a Amil, mas tem uma forte atuação em outros países. No primeiro trimestre deste ano, o faturamento da Optum foi de US$ 18 bilhões, o que representa quase metade da receita total de US$ 44,5 bilhões da UnitedHealthcare.
A fim de tornar esse processo de transição mais suave os quatro principais gestores da Amil - - Renato Manso, Cristina Mendes e Gilberto Costa que estão na empresa há mais de 20 anos - irão compor um comitê para assessorar a nova equipe.
Com uma receita de R$ 14,6 bilhões no ano passado, a Amil acumula prejuízo desde 2013. Em 2015, a perda foi de R$ 107, 5 milhões, mas representou uma queda de 63% sobre 2014. Boa parte do prejuízo deve-se a mudanças na contabilização das provisões, cujas regras são bem mais rigorosas entre as empresas americanas.
Até agora Bueno era CEO da Amil, que abrigava todos negócios do grupo. Na prática, com o novo cargo, as atribuições de Bueno não mudam. A manutenção do seu nome pretende evitar uma transição abrupta, segundo fontes ouvidas pelo Valor. Em 2012, quando a Amil foi comprada pela UnitedHealth ficou acertado que um executivo na casa dos 40 anos iria sucedê-lo até setembro de 2017. No entanto, a Amil não confirma se Bueno deixará o cargo até essa data, mas sabe-se que houve uma busca intensa por um executivo de mercado para substitui-lo. Mais de dez profissionais da área da saúde foram convidados a conversar com o fundador da Amil.
Ainda segundo fontes do setor, o nome que mais agrada aos americanos é do pneumologista Sergio Ricardo Santos, que está há dez anos na Amil. O médico, de 44 anos, foi escolhido para ser o CEO da operadora de planos de saúde e dental e futuramente pode vir a ocupar o atual posto de Bueno. Até então, Santos era o diretor-executivo da One Health, plano de saúde voltado para o público premium da Amil, e antes esteve à frente dos hospitais e da expansão para outras praças fora do Rio de Janeiro.
A nova estrutura organizacional contempla um braço de negócio exclusivo para os 32 hospitais próprios que hoje atendem, principalmente, os usuários do convênio médico. Para liderar essa área foram designados o médico Charles Souleyman e o administrador de empresas Vinicius Ferreira da Rocha. Outro cotado para compor essa equipe é Luiz de Luca, presidente do Hospital Samaritano, de São Paulo, adquirido pela Amil em dezembro por R$ 1,3 bilhão.
Uma das estratégias do grupo é usar o Samaritano como plataforma de expansão, com aquisições ou crescimento orgânico. Uma possibilidade aventada pelo mercado é que a Amil fará um 'spin-off' com os hospitais. As grandes redes hospitalares são cobiçadas por investidores estrangeiros. Em janeiro de 2015, a legislação passou a permitir aportes de investidores de outros países no setor.
O terceiro braço de negócio da Amil é a Optum, empresa de tecnologia voltada à saúde da UnitedHealth que é administrada por um executivo americano. A Optum ainda passa por um processo de integração com a Amil, mas tem uma forte atuação em outros países. No primeiro trimestre deste ano, o faturamento da Optum foi de US$ 18 bilhões, o que representa quase metade da receita total de US$ 44,5 bilhões da UnitedHealthcare.
A fim de tornar esse processo de transição mais suave os quatro principais gestores da Amil - - Renato Manso, Cristina Mendes e Gilberto Costa que estão na empresa há mais de 20 anos - irão compor um comitê para assessorar a nova equipe.
Com uma receita de R$ 14,6 bilhões no ano passado, a Amil acumula prejuízo desde 2013. Em 2015, a perda foi de R$ 107, 5 milhões, mas representou uma queda de 63% sobre 2014. Boa parte do prejuízo deve-se a mudanças na contabilização das provisões, cujas regras são bem mais rigorosas entre as empresas americanas.
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