Avaya pede concordata


A Avaya entrou com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, dentro do chamado capítulo 11 do código de falências americano.

Em nota divulgando a decisão, a Avaya revelou também que já não tem planos de vender seu negócio de contact center, uma medida que chegou a ser considerada.

A empresa frisa também que o pedido de recuperação judicial não afeta as subsidiárias estrangeiras.

A nota não revela a duração esperada do processo, mas analistas financeiros esperam uma transição rápida, entre 45 e 60 dias.
"Reduzir a dívida da companhia através do chapter 11 posicionará a Avaya melhor para o sucesso futuro", afirma o CEO da empresa Kevin Kennedy.

A nota foca a decisão como um passo necessário para a transformação da Avaya em um negócio de software e serviços. O movimento é bancado por um financiamento de US$ 725 milhões do Citibank.

A Avaya fechou o capital após ser comprada por US$ 8 bilhões pelos fundos de investimento Silver Lake e TPG em 2007. Dois anos depois, comprou a Nortel Enterprise Solutions por US$ 900 milhões.

As movimentações geraram uma dívida de longo prazo de cerca de US$ 6 bilhões.

Enquanto a Avaya fazia a digestão da Nortel, o mercado de TI como um todo começou uma migração para modelos de software como serviços e nuvem para a área de voz.

A companhia se movimentou nessa direção, mas também o fizeram novos concorrentes como Cisco e Microsoft, que não tinham o problema da dívida.

A Avaya fechou o ano com vendas de US$ 3,7 bilhões, uma queda de 9% frente a 2015. O prejuízo cresceu 420% para US$ 750 milhões. A empresa tem alternado crescimento baixo ou quedas desde o fechamento de capital.

Por outro lado, o negócio de software e serviços cresce na faixa dos 70% anuais e a empresa tem margens acima de 60%.

por: Maurício Renner

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